quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O lúdico nas Unidades Hospitalares Infantis


No ambiente hospitalar, o brincar tende a transformar as enfermarias em um local prazeroso e que permite uma melhor adaptação às novas condições de saúde que as crianças enfrentam. Estratégias como: atividades lúdicas, a utilização de figuras representativas de situações às quais as crianças estão vivenciando ou sendo submetidas, diminuem o estresse, o medo e a ansiedade em relação ao processo de hospitalização. A crescente preocupação com o ambiente hospitalar humanizado às crianças e aos adolescentes vem gerando programas com intuito de garantir o direito ao lazer, à diversão e aos serviços que respeitem as condições peculiares das mesmas como pessoas em desenvolvimento. A criação de brinquedoteca hospitalar, como espaço para garantir à criança o direito de brincar, apresenta-se como alternativa rica para atender essa demanda. As práticas educativas, recreativas e artísticas procuram oferecer às crianças e aos adolescentes hospitalizados condições dignas de internação com direito à brincadeira e ao lúdico, mesmo em momentos difíceis no hospital.
Através disso, propomos iniciar uma reflexão acerca da relevância do brincar no processo de hospitalização infantil, no sentido de utilizá-lo como uma estratégia de promoção de saúde junto às crianças.

O Lúdico nas Aldeias Indígenas

Nos jogos tradicionais indígenas permeia os mitos, os valores culturais, um mundo material e imaterial de cada etnia. Os jogos, portanto, foram criados pelos povos e alimentados pelo “imaginário” e o “faz-de-conta”, tendo sua difusão através do contato e (re)significados com as transformações das civilizações e sociedades.

Possivelmente é o jogo um dos elementos mais importantes da educação indígena. Sabe-se que a criança aprende brincando. A originalidade é que o índio, já desde pequeno, brinca de trabalhar. Seu brinquedo é, conforme o sexo, o instrumento de trabalho do pai ou da mãe. O índio, que brincar de trabalhar, depois vai trabalhar brincando.
A relação entre ludicidade e o trabalho são fatores importantes para a educação étnica infantil, tendo em vista que “o seu jogo é brinquedo, não lhe deu ilusões, que depois a vida lhe negará. Pequenos arcos e flechas nas mãos de um menino ou pequenos cestos dependurados da cabeça de uma menina, que vai com a mãe buscar mandioca na roça”, nos mostra a riqueza explorada por essa relação.